Diretrizes Éticas da IBAO

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Diretrizes Éticas da IBAO

1. O Comitê de Diretrizes Éticas da IBAO

Em fevereiro de 2020, o Conselho Consultivo Profissional do International Behavior Analysis Board (IBA) foi organizado em diversos comitês, cada um com a tarefa de criar componentes dos requisitos para as certificações IBA e IBT de 2021. Um desses comitês foi o Comitê de Ética, que trabalhou incansavelmente para pesquisar, discutir, debater e analisar guias, diretrizes e códigos de ética de diferentes profissões, criados para uma ampla gama de organizações ao redor do mundo. Esse conhecimento foi utilizado para incorporar importantes requisitos éticos que são relevantes em diferentes culturas. Os membros deste importante comitê merecem reconhecimento especial por seus esforços, profissionalismo e atenção aos detalhes.

1.1 Membros do Comitê de Ética da IBAO

  • Jessica Kelly, M.S., BCBA, IBA – Suíça
  • Stef Schuldt, Dipl. Psic., BCBA, IBA – Alemanha
  • Hira Khan, M.Ed, RBT, IBT – Egito/Paquistão
  • Fan Yu Lin, Ph.D., BCBA-D, IBA – China
  • Julianne Bell, MSc – Reino Unido, BCBA, IBA
  • Alexandrea Wiegand, MS, MBA, BCBA, IBA – Bahrein
  • Akanksha Chhettri, MA, BCBA, IBA – Gana
  • Marija Stosic, M.A., Fonoaudióloga – Sérvia
  • Rachel Arnold, M.Ed – Coreia do Sul
  • Veronica Sirbu, MA – República da Moldávia
  • Ross Leighner, MA, IBA – Austrália
  • Henriette Brandtberg, MSc Psych, IBA – Dinamarca
  • Mohammed M. Al-Hammouri, Ph.D., IBA, CHPE, RN – Jordânia
  • Orsolya Ujhelyi-Illes, MS, BCBA, IBA – Hungria
  • Michael M. Mueller, Ph.D., BCBA-D, IBA – Estados Unidos

2. Diretrizes Éticas da IBAO

As Diretrizes Éticas da Organização Internacional de Analistas do Comportamento (IBA) são compostas por três componentes importantes: as Diretrizes, o Modelo Ético de Resolução de Problemas e um Adendo com exemplos culturais e regionais do uso do modelo de resolução de problemas e diversas interpretações das próprias Diretrizes. Como será explicado adiante, a ética nem sempre é clara e nem sempre se aplica a todas as situações da mesma maneira. É imprescindível que todo Analista do Comportamento Internacional (IBA) e Terapeuta Comportamental Independente (IBT) compreenda e aplique as Diretrizes em todos os aspectos de sua vida profissional.

  • Diretrizes Éticas
  • O Modelo de Resolução Ética de Problemas
  • Adendo de exemplos e interpretações

2.1 Preâmbulo

A Organização Internacional de Análise do Comportamento (IBAO) estabeleceu os seguintes princípios éticos para orientar a prática de Analistas do Comportamento Internacionais (IBAs) e Terapeutas do Comportamento Internacionais (IBTs). Espera-se que os profissionais credenciados pela IBAO mantenham os mais altos padrões éticos em sua prática, relacionamentos profissionais e interações com o público, a fim de proteger os vulneráveis e representar o campo da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) da maneira mais humana possível. Os profissionais credenciados pela IBAO devem aderir às seguintes Diretrizes Éticas em todos os momentos de sua prática profissional.

A publicação das seguintes Diretrizes Éticas atesta os padrões que devem ser atendidos por aqueles credenciados pelo IBAO. A conscientização pública sobre nossos princípios aspiracionais estabelece as expectativas de conduta que cada IBA e IBT concorda em seguir desde o início de seu treinamento e supervisão de certificação e enquanto a credencial for mantida.

As Diretrizes Éticas da IBAO são orientações a serem aplicadas em diferentes contextos e situações. Essas diretrizes devem ser utilizadas para proteger, em primeiro lugar, os consumidores, bem como a área da ABA, a IBA/IBT e todas as partes interessadas. A IBAO adotou um Modelo Ético de Resolução de Problemas baseado no trabalho de Rosenberg e Schwartz (2018). Em vez da adesão absoluta e inflexível às regras éticas em todas as situações e em todos os momentos, a IBA/IBT deve aplicar um modelo de bom senso (acompanhado de altos padrões pessoais/éticos) para decidir o que fazer em diversas situações em que diferentes diretrizes possam parecer contraditórias. Essas Diretrizes Éticas, em sua totalidade, devem ser seguidas em todos os momentos. No entanto, a forma como são seguidas pode variar de acordo com o contexto e a situação. O Modelo de Resolução de Problemas e um exemplo de como aplicá-lo são apresentados ao final das Diretrizes Éticas. A IBAO manterá um comitê de ética composto por consultores de ética que podem ser contatados para auxiliar na busca de uma solução que atenda aos melhores interesses de todos os envolvidos.

Rosenberg, N.E., Schwartz, I.S. Orientação ou Conformidade: O que define um analista do comportamento ético? Behavior Analysis Practice 12, 473–482 (2018)

Prática Ética

  • Proteger o público
  • Proteja o campo
  • Proteja o IBA/IBT

2.2 Promover os direitos e a dignidade do cliente

2.2.1 Os profissionais certificados devem tratar os clientes com respeito e preservar a dignidade deles em todos os momentos. As preferências dos clientes devem ser consideradas sempre que possível. Todos os serviços devem ser prestados com compaixão.

2.2.2 Não causar danos/Proteção do cliente. Todas as interações e serviços devem ser prestados com cuidado para proteger os clientes de danos. Os profissionais certificados são responsáveis por prestar serviços de forma a gerar mudanças positivas para o cliente e seu ambiente, maximizando seu bem-estar emocional.

2.2.3 Ao tomar decisões sobre o tratamento, as intervenções devem ser as mais eficazes e menos invasivas possíveis.

2.2.4 Os profissionais certificados devem discutir os riscos e benefícios dos serviços e obter o consentimento informado por escrito para os serviços, avaliação comportamental, intervenções comportamentais, troca de informações confidenciais, alterações nos serviços, gravações de áudio ou vídeo e compartilhamento de dados.

2.2.5 Os profissionais certificados respeitam a confidencialidade do cliente e protegem sua privacidade. A quebra da confidencialidade só deve ocorrer em casos de suspeita de abuso/negligência, necessidade médica (por exemplo, comunicar um diagnóstico durante uma emergência médica), quando o cliente enfrenta risco iminente de perigo ou quando legalmente obrigado. Se a lei exigir que um profissional certificado quebre a confidencialidade, ele poderá divulgar apenas as informações relevantes.

2.2.6 Os certificadores armazenam e mantêm registros e informações de identificação em segurança por pelo menos 7 anos, e por um período mais longo se as regulamentações locais assim o exigirem. Esses registros podem incluir avaliações, interações diretas com o consumidor, como anotações de observação, resumos pós-sessão, entrevistas com cuidadores, etc., bem como documentação organizacional, financeira e contratual. Os clientes têm o direito de acessar seus registros e seu consentimento é necessário para que esses registros sejam compartilhados com terceiros (por exemplo, profissionais envolvidos).

2.3 Respeitar a Diversidade

2.3.1 Os profissionais certificados promovem a igualdade e a equidade entre os seres humanos, comprometendo-se a tomar decisões relacionadas à prestação de serviços sem discriminar qualquer indivíduo com base em sua deficiência, raça, nacionalidade, gênero, orientação sexual, crença religiosa, idade ou condição socioeconômica. Os profissionais certificados tratam os clientes de forma equitativa e abordam cada cliente como um indivíduo para atender às suas necessidades específicas.

2.3.2 Os profissionais certificados respeitam práticas culturais diferentes das suas. Ao trabalhar com consumidores e outros profissionais que possuem crenças, valores e normas culturais diferentes dos do profissional certificado, serão envidados esforços para garantir que os serviços sejam prestados com compreensão, tolerância e respeito a essas diferenças. Os profissionais certificados compreendem sua responsabilidade de examinar e eliminar preconceitos pessoais que possam interferir na prestação objetiva de serviços.

2.3.3 Independentemente das diferenças que existam entre o consumidor e os profissionais certificados, estes devem sempre esforçar-se por ser objetivos e prestar um serviço de alta qualidade com absoluto profissionalismo. Se, por qualquer motivo, a objetividade ou o discernimento estiverem comprometidos, os profissionais certificados devem reconsiderar a prestação dos seus serviços.

2.4 Competência e Excelência

2.4.1 Os certificados são honestos e promovem essa qualidade na prestação de serviços, nos relacionamentos profissionais e nos empreendimentos comerciais e empresariais.

2.4.2 Os certificados demonstram integridade ao fornecer informações e serviços que se baseiam em resultados de pesquisas revisadas por pares, dados e teoria comportamental para fundamentar as decisões de tratamento.

2.4.3 A segurança é uma prioridade. Os serviços devem ser prestados com segurança para proteger os clientes. Se a segurança do cliente estiver em perigo, o profissional certificado interromperá imediatamente o serviço e tomará todas as medidas necessárias para remediar a situação de risco antes de continuar o serviço. Os profissionais certificados estão cientes das possíveis limitações das intervenções comportamentais.

2.4.4 Os profissionais certificados atuam dentro dos limites de sua competência/especialização. Eles prestam exclusivamente serviços que estejam alinhados com sua formação acadêmica, treinamento supervisionado e experiência profissional. A prática fora de sua área de formação exige que o profissional certificado busque treinamento e supervisão adicionais.

2.4.5 Aprimorar a Competência/Buscar a Excelência. Os profissionais certificados devem buscar continuamente aprimorar sua base de conhecimento em análise do comportamento e na implementação ética dos serviços. Os profissionais certificados buscarão aprendizado e atualização em tópicos profissionais por meio de eventos de Educação Continuada (EC) aprovados. Os profissionais certificados buscarão outras formas de aperfeiçoamento, além dos eventos de EC obrigatórios, para se manterem atualizados na área e em ética.

2.5 Gestão, Supervisão e Treinamento

2.5.1 Os profissionais certificados que atuam como supervisores de outros, sejam eles credenciados ou não, devem fazê-lo com respeito, cuidado e imparcialidade. Devem também promover a área da ABA, garantindo que os candidatos sejam formados para se tornarem profissionais certificados, capacitados, competentes e éticos.

2.5.2 Para facilitar e promover o crescimento da área de ABA em todo o mundo, os profissionais certificados são incentivados a oferecer mentoria e assistência profissional a baixo custo. O custo deve ser definido em uma escala variável, levando em consideração a região e a renda dos IBAs e IBTs recém-certificados.

2.5.3 Os candidatos recebem treinamento que atende aos requisitos esperados de horas de supervisão, em conformidade com os padrões do IBAO.

2.5.4 Os profissionais certificados que prestam supervisão tornam a relação de supervisão conhecida pelo cliente e demais partes interessadas.

2.5.5 Os certificados documentam adequadamente os requisitos de supervisão e assinam a documentação do candidato quando as metas forem atingidas satisfatoriamente.

2.5.6 Os profissionais certificados supervisionam apenas a prática de outros dentro do âmbito de sua competência.

2.5.7 Se, em algum momento, um profissional certificado observar seu candidato envolvido em comportamento ou prática antiética, seja intencional ou não, o profissional certificado é obrigado a chamar a atenção do candidato para isso de forma clara. Uma solução deve ser encontrada ou a relação profissional deve ser encerrada. O profissional certificado garante que o treinamento atenda aos requisitos dos objetivos ou da certificação do candidato.

2.6 Responsabilidade Social

2.6.1 Os certificadores utilizam declarações precisas em publicidade e representam apenas resultados potenciais que sejam honestos e compatíveis com os resultados prováveis.

2.6.2 Quando os certificados utilizam avaliações de clientes ou do público como parte da publicidade, essas avaliações não são modificadas e representam os resultados de todas as avaliações coletadas.

2.6.3 Se os profissionais certificados utilizarem declarações públicas em publicidade, deve-se ter cuidado para garantir que o profissional certificado não esteja em uma situação em que sua objetividade relacionada à prestação de serviços esteja comprometida.

2.6.4 Se fotos ou vídeos de menores forem usados em publicidade, os direitos do cliente e o impacto emocional da publicação dessas fotos e vídeos online devem ser considerados para proteger o sujeito das fotos ou vídeos em situações presentes e futuras.

2.6.5 Os certificados refletem e exibem com precisão as credenciais obtidas e utilizam apenas credenciais obtidas em situação regular.

2.6.6 Os certificados devem promover a cultura ética demonstrando comportamento ético e, quando apropriado, ajudando os outros a reconhecerem maneiras mais éticas de se comportar.

2.6.7 Os certificadores garantem que as publicações nas redes sociais não violem quaisquer diretrizes éticas, incluindo, entre outras, os direitos de privacidade e confidencialidade do cliente.

2.6.8 As entidades certificadoras divulgam os canais adequados para que os consumidores expressem suas preocupações.

2.6.9 Se os consumidores expressarem preocupação ou crítica, os profissionais certificados aceitam isso de forma profissional e trabalham para remediar a situação da melhor maneira possível para o cliente.

2.6.10 Os certificados só podem usar a propriedade intelectual do IBAO e de outras organizações com permissão e em conformidade com as leis locais que regem tal uso. Dúvidas sobre o uso da propriedade intelectual do IBAO devem ser encaminhadas para info@theibao.com.

2.7 Relações Profissionais

2.7.1 Os certificadores identificam o “cliente” antes da prestação dos serviços e comunicam a identidade do cliente a todas as partes. Os certificadores definem “cliente” como o destinatário final dos serviços, e não como a pessoa que paga pelos serviços.

2.7.2 Organizações podem ser clientes dos serviços de uma IBA (Agência de Comportamento Independente). Exemplos de serviços prestados a uma organização quando esta é cliente incluem, entre outros, treinamento de pessoal, programas de reforço para aumentar a produtividade no escritório e treinamento em segurança comportamental.

2.7.3 Os profissionais certificados atuam no melhor interesse de seus clientes. Os profissionais certificados só se envolvem em relações não exploratórias.

2.7.4 Os profissionais certificados devem estar cientes de que certos relacionamentos duais podem ser problemáticos e limitar a objetividade na prestação de serviços. Caso existam tais relacionamentos duais, os profissionais certificados devem informar todas as partes envolvidas sobre o potencial de conflitos de interesse e influência. Se a objetividade estiver comprometida, a relação profissional precisa ser reavaliada.

2.7.5 Os certificados respeitam e cumprem as obrigações contratuais, legais e corporativas com seus empregadores, em seus locais de trabalho e relacionadas à prestação de serviços.

2.7.6 Os profissionais certificados participam de relações de colaboração com profissionais de outras disciplinas e equipes de tratamento, priorizando o melhor interesse do cliente.

2.7.7 Quando os profissionais certificados estabelecem relações contratuais com clientes ou outras partes, os custos associados aos contratos, os acordos financeiros e outros aspectos financeiros relevantes são discutidos antes da prestação do serviço.

2.7.8 Os profissionais certificados contestam práticas inadequadas e má conduta de indivíduos e organizações sempre que possível. As contestações podem ser verbais, escritas ou por meio de relatórios. Os profissionais certificados se envolvem nessas contestações para manter a integridade da área da ABA, de modo que ela seja vista da melhor maneira possível pelo público em geral.

2.7.9 Os profissionais certificados mantêm limites profissionais adequados de diversas maneiras.

2.7.10 a) Se o cliente for um indivíduo que se beneficia diretamente dos serviços do profissional certificado, mantenha um relacionamento platônico com esse indivíduo por pelo menos dois anos após o término do serviço.

2.7.11 b) Manter relações platônicas com os cuidadores do cliente e outras partes interessadas até que a relação profissional com o cliente seja encerrada.

2.7.12 c) Se o cliente for uma organização, mantenha relações platônicas com aqueles que fazem parte da organização até que a relação profissional seja encerrada.

2.8 Autorresponsabilidade do Certificado

2.8.1 Considerando estas diretrizes, os interesses do profissional certificado vêm depois dos interesses do público, do cliente, de todas as partes interessadas e da área da ABA. A tomada de decisões deve refletir essa ordem de importância.

2.8.2 Quando surgirem situações em que o profissional certificado não possa ser objetivo na prestação de serviços ou nas relações profissionais, é sua responsabilidade reconhecer essas condições e encontrar uma solução que preserve a dignidade do cliente e de todas as partes interessadas, além de proteger a área de atuação.

2.8.3 Os profissionais certificados resolvem situações em que a objetividade foi comprometida, transferindo os serviços para outro provedor temporariamente ou permanentemente, recomendando provedores alternativos, consultando analistas do comportamento mais experientes nas questões específicas enfrentadas ou recebendo supervisão sobre a questão que está causando a falta de objetividade.

2.9 Pesquisa e Publicação

2.9.1 O consentimento livre e esclarecido por escrito deve ser obtido de todos os participantes antes do início das atividades de pesquisa. A confidencialidade de todos os participantes da pesquisa deve ser mantida.

2.9.2 Os participantes devem receber uma explicação sobre seu envolvimento e como encerrá-lo a qualquer momento e por qualquer motivo.

2.9.3 Devem ocorrer reuniões de esclarecimento pós-pesquisa, nas quais os resultados da pesquisa são explicados e qualquer uso de engano é revelado.

2.9.4 Os comitês de revisão interna institucionais ou locais devem aprovar qualquer projeto de pesquisa antes do recrutamento de participantes.

2.9.5 Os créditos de publicação devem refletir com precisão os autores na ordem de contribuição.

2.9.6 Os dados devem ser representados com precisão em todas as situações na prática e na apresentação dos resultados da pesquisa.

2.9.7 Os certificados representam apenas seus trabalhos originais como sendo de sua autoria. A citação adequada do trabalho de outros deve seguir os padrões atuais da área de ABA e estar de acordo com a versão mais recente das diretrizes de publicação da sociedade nacional de psicologia que rege o país em que a pesquisa ou a escrita está sendo realizada.

3. Modelo de Resolução de Problemas Éticos da IBAO

3.1 Resolvendo questões éticas usando um modelo de resolução de problemas

No processo de prestação de serviços em ABA, podem surgir certas situações em que o profissional certificado se encontra em dúvida sobre como proceder devido a diretrizes éticas conflitantes. Os profissionais resolvem dilemas utilizando o Modelo de Resolução Ética de Problemas, baseado no modelo descrito por Rosenberg e Schwartz (2018). Este modelo inclui a identificação do dilema e das questões relacionadas, a proposição de possíveis soluções, a avaliação dessas soluções e a implementação da solução escolhida.

Em situações em que o profissional certificado se sinta em conflito, ele deverá:

  • Esteja ciente de que existe um conflito. Compreenda quais diretrizes se aplicam.
  • podem ser conflitantes.

Busque o diálogo com colegas, o cliente ou o cuidador, se necessário.

  • 3) Faça uma lista de possíveis soluções.
  • 4) Discutir ou avaliar as soluções com colegas, o cliente ou
  • Se necessário, procure um cuidador e chegue a um acordo sobre uma solução.
  • 5) Implemente a solução escolhida.
  • 6) Avalie sua decisão e os resultados e compartilhe com aqueles que...
  • foram consultados no processo de resolução do problema.

Por exemplo, um profissional de saúde mental estava implementando um programa básico de manejo comportamental para reduzir a agressão reforçada pela fuga de tarefas. Ao implementar um procedimento de três etapas para garantir a obediência e bloquear a fuga, a criança começou a chorar alto, um comportamento que não fazia parte de seu repertório/histórico.

Como a IBA (Analista de Comportamento Independente) sentiu que poderia haver um conflito, decidiu usar o modelo de resolução de problemas, começando com a Etapa 1: “Esteja ciente de que existe um conflito. Compreenda quais diretrizes estão em conflito”. A IBA sentiu-se em conflito entre a Diretriz Ética que aconselha a “Não causar dano” e a Diretriz Ética que recomenda o uso da “Prática Científica”, que apoia esses tipos de intervenções baseadas em reforço para o manejo de comportamentos severos. Ambas as Diretrizes Éticas são justas e imparciais, mas, nessa circunstância, parecem entrar em conflito de alguma forma.

Como parte da Etapa 2, “Buscar diálogo com colegas, o cliente ou o cuidador, se necessário”, a analista comportamental independente consultou uma colega analista do comportamento, descreveu a situação e seus sentimentos em relação ao possível conflito. Por meio desse diálogo com a colega, ela prosseguiu para a Etapa 3, “Fazer uma lista de possíveis soluções”. Ela elaborou uma lista de possíveis soluções que incluía: interromper o tratamento e tentar um diferente, interromper o tratamento completamente e permitir que o aluno se desvencilhasse das exigências, ou continuar com o tratamento original.

Na Etapa 4, “Discuta ou avalie as soluções com colegas, o cliente ou o cuidador, se necessário”.

e chegar a um acordo sobre uma solução”, ela avaliou as possíveis soluções uma a uma. Para a primeira opção de tentar

Ao avaliar uma nova intervenção, ela ponderou o tempo necessário para criá-la, obter o consentimento e treinar a equipe.

Implementar uma nova intervenção que poderia ter o mesmo resultado. Ela não achava que isso descartaria a possibilidade de outra alternativa.

qualquer uma das Diretrizes Éticas e sentiu que voltaria à mesma situação enquanto adiava

Ela precisava de intervenção. Então, considerou a segunda opção: interromper o tratamento por completo. Decidiu que, embora isso provavelmente resultasse em menos choro, não diminuiria a agressividade em relação aos outros e provavelmente violaria diversas outras diretrizes éticas que ela havia sido treinada para seguir. Finalmente, considerou a terceira opção: continuar com o tratamento original. Ela sabia, por experiência anterior e por consultas com outros analistas comportamentais, que a resposta emocional negativa ao usar a extinção por fuga não é incomum e é de curta duração quando implementada com reforço positivo, como o que ela tinha em seu plano de intervenção. Ela também usou seu bom senso para decidir que "não causar dano" não deveria ser interpretado como "nunca causar qualquer desconforto". Seria mais prejudicial para a criança continuar agressiva e perder oportunidades de experiências educacionais como resultado.

Na Etapa 5, “Implementar a solução escolhida”, a IBA optou por continuar com o tratamento que ela havia iniciado.

O plano original foi executado com fidelidade por ela.

Como parte da Etapa 6, “Avalie sua decisão e os resultados e compartilhe com aqueles que estavam envolvidos”.

consultados no processo de resolução de problemas”, após a intervenção ter estado em vigor por um casal.

Após alguns dias, ela refletiu sobre sua decisão para verificar se havia feito a escolha certa. A implementação resultou em uma grande redução da agressividade, o cliente chorou apenas nas primeiras horas e, consequentemente, as metas educacionais estavam sendo alcançadas. Ela concluiu que havia sido uma escolha apropriada e ficou satisfeita por ter compreendido e seguido o modelo simples de resolução de problemas.

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